sexta-feira, 2 de setembro de 2011

CONFISSÃO


                                 

Padre Reginaldo Manzotti: O sacramento da confissão



Rio - Pergunta da semana: “Padre, só me confessei uma vez, para fazer a primeira comunhão, mas agora vou casar e gostaria de voltar a comungar. É necessário recorrer a um padre? Não sei como fazer a confissão. Peço orientação.”


O Sacramento da Reconciliação é um convite a fazer a experiência da misericórdia pelo perdão, por intermédio do sacerdote que age em nome de Deus e da Igreja. Nosso Senhor Jesus Cristo instituiu o sacramento da confissão e escolheu seus representantes, dando-lhes o poder de perdoar os pecados em Seu nome, como ensina São João: “Soprando sobre eles, dizendo-lhes: ‘Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos’” (Jo 20, 22b-23).

Jesus já havia dito em outra ocasião: “Tudo quanto ligardes na terra será ligado no céu, e tudo quanto desligardes na terra será desligado também no céu” (Mt 18, 18). O sacerdote age com a autoridade concedida por Jesus. Mesmo sendo pessoa sujeita ao pecado, atua em nome de Deus e da Igreja para absolver os pecados. É instrumento do perdão de Deus, e o fato de também possuir fraquezas o faz compreender a conduta humana e sua inclinação ao pecado, não se colocando na posição de juiz intransigente.

Da mesma forma que se toma banho todos os dias para limpar o corpo, há a necessidade de confessar-se para garantir a limpeza espiritual. A confissão apaga os pecados e concede a graça santificante. Aumenta os méritos diante do Criador e permite desenvolver as virtudes, proporciona tranquilidade de consciência, alívio das mágoas e consolo espiritual. Para confissão adequada, são necessárias 5 condições:

- Exame de consciência: lembrar os pecados mortais (grandes ofensas ao Mandamentos de Deus e da Igreja) cometidos desde a última confissão. Pecado mortal se caracteriza por estar ciente de que o ato configura pecado; e cometer o pecado por livre e espontânea vontade. Na falta de um dos requisitos, o pecado é venial ou leve.

- Estar arrependido.

- Ter o firme propósito de não cometer mais o(s) erro(s).

- Confessar os próprios pecados e não o dos outros.

- Cumprir a penitência.

Muitas pessoas não sabem confessar e usam a fórmula: “Não matei, não roubei, o resto fiz tudo”. Não é tão simples assim. Nada melhor do que examinarmos a consciência, baseando-nos nos Dez Mandamentos: 1º) Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças; 2º) Não pronunciarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão; 3º) Guardarás o domingo e dias santos de preceito; 4º) Honrarás pai e mãe; 5º) Não matarás; 6º)Não pecarás contra a castidade; 7º) Não furtarás; 8º) Não levantarás falso testemunho; 9º) Não cobiçarás a mulher do próximo; 10º) Não cobiçarás coisas alheias.

Na confissão, conte detalhadamente os pecados e não tente justificar-se. Não mencione situações em que não pecou. Confesse com a fé em Jesus Cristo. Lembre-se: “Se confessarmos nossos pecados, fiel e justo é Ele para perdoar-nos e purificar-nos de toda iniquidade” (1 João 1, 9). Que o Espírito Santo o ilumine e o impulsione sempre à confissão. E que Deus abençoe seu casamento.


INFORMAÇÕA TIRADA DO JORNAL O DIA VIA ON LINE

Nenhum comentário:

Postar um comentário